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Furacão Melissa: a tempestade mais poderosa do planeta em 2025 e o papel da AI nas previsões climáticas

  • Foto do escritor: Paul Shack
    Paul Shack
  • 28 de out.
  • 3 min de leitura

Em 2025, o mundo assiste à formação de uma das tempestades mais intensas já registradas no Atlântico: o furacão Melissa, que alcançou ventos sustentados de 280 km/h, tornando-se a tempestade mais forte do planeta neste ano. A monstruosa força da natureza se move lentamente em direção à Jamaica, deixando meteorologistas e autoridades em alerta máximo diante do risco descrito como catastrófico.


Segundo o Centro Nacional de Furacões dos Estados Unidos (NHC), o olho do furacão foi localizado a cerca de 233 km a sudoeste de Kingston, e o sistema segue a uma velocidade de apenas 5 km/h, o que aumenta o potencial destrutivo, já que ventos dessa magnitude permanecem por mais tempo sobre as áreas atingidas. A comparação com grandes furacões históricos é inevitável: apenas nove sistemas no Atlântico superaram o Melissa em intensidade, entre eles o lendário furacão Allen (1980), que ainda detém o recorde absoluto com 305 km/h.

fuuracão

O Melissa e o desafio das previsões meteorológicas

Eventos como o Melissa escancaram um dos maiores desafios da ciência moderna: prever o comportamento do clima com precisão suficiente para salvar vidas e minimizar prejuízos. O sistema atmosférico da Terra é caótico, repleto de variáveis interconectadas e difíceis de medir. Pequenas falhas em observações iniciais podem gerar enormes distorções nas previsões — um efeito conhecido como “borboleta meteorológica”.

Para enfrentar esse desafio, a inteligência artificial (IA) vem se tornando uma aliada poderosa. Modelos de IA já conseguem antecipar padrões meteorológicos com maior rapidez e precisão do que os métodos tradicionais baseados apenas em física. E entre os líderes dessa revolução está o WeatherNext, modelo criado pelo Google DeepMind e Google Research.


WeatherNext: IA de ponta a serviço do clima

O WeatherNext representa uma nova geração de sistemas de previsão global. Diferente dos modelos convencionais, que exigem pesadas simulações físicas, ele usa redes neurais profundas treinadas com enormes volumes de dados meteorológicos históricos. O resultado são previsões mais rápidas, eficientes e confiáveis, publicadas até quatro vezes ao dia e disponíveis para cientistas e agências em todo o mundo.

O modelo é dividido em duas versões complementares:

  • WeatherNext Graph: fornece previsões determinísticas — uma única estimativa mais provável — com resolução temporal de 6 horas e alcance de até 10 dias. Ideal para aplicações que exigem velocidade e alta resolução.

  • WeatherNext Gen: gera previsões probabilísticas, apresentando até 50 cenários possíveis para os próximos 15 dias, o que permite compreender melhor a incerteza e o risco de eventos extremos como ciclones e furacões.


Rota dos furacões
Rota dos furacões


AI na rota dos ciclones

O Weather Lab, laboratório experimental da DeepMind, já apresenta resultados impressionantes: seus novos modelos conseguem prever a formação, trajetória e intensidade de ciclones com até 15 dias de antecedência — um avanço notável em relação aos sistemas atuais. Embora ainda experimentais, essas previsões podem transformar a forma como os países se preparam para furacões, tempestades tropicais e outros eventos extremos.

Com o uso crescente da IA, os meteorologistas passam a contar com alertas mais rápidos e detalhados, permitindo evacuações planejadas e respostas emergenciais mais eficientes. Em casos como o do furacão Melissa, cada hora de antecedência pode significar milhares de vidas salvas.



Um futuro de previsões mais inteligentes

O furacão Melissa é um lembrete contundente da força da natureza e da urgência em investir em tecnologia, ciência e cooperação global. À medida que o planeta enfrenta padrões climáticos cada vez mais extremos, a combinação de dados, inteligência artificial e colaboração internacional surge como o caminho mais promissor para proteger comunidades vulneráveis e fortalecer a resiliência climática.

A era das previsões meteorológicas inteligentes já começou — e, com ferramentas como o WeatherNext, o futuro da meteorologia está sendo moldado não apenas por satélites e radares, mas também por algoritmos capazes de aprender com o próprio clima.


Real time
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